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Quase história de Natal
Por José Louro (Professor), em 2014/12/04920 leram | 0 comentários | 226 gostam
Nesse tempo tudo podia acontecer, como hoje, não acham?
No tempo em que os animais falavam, já se aperceberam que esta história é muito, mas mesmo muito antiga, o burro Zacarias e a vaca Zaida estavam a fazer um serviço de figuração - que nesse tempo, diga-se, era muito mal pago! - no presépio de uma escola de província. Enquanto esperavam que a criançada viesse assistir à representação do Auto de Natal, ali mesmo defronte do magnífico presépio, iam assim conversando para matar o tempo:
- E se fossemos dar uma voltinha com o Pedrocas? - Sugeria, perguntando, o Zacarias , enquanto esfregava os cascos.
(É preciso dizer que o Pedro, fazia de menino Jesus, e era um rapazinho de quatro anos, tão enfezado e magro que parecia ter dois. Era o suplente do verdadeiro, mas pronto, remediava).
- Até que nem era mal pensado! - Filosofava Zaida, salivando, enquanto imaginava um verdejante prado, ou tufo que fosse, de erva fresca.
Se bem o pensaram, melhor o fizeram e, pé ante pé, escapuliram-se pelo elevador - que era logo ali ao pé do presépio - até ao campo mais próximo, que também não era muito longe; oh abençoada província!
O menino Jesus, montado no burro, ia radiante a cantarolar “Entrai pastores, entrai …”
Quando os alunos apareceram para representar o Auto de Natal, nervosos como estavam com a peça, ainda por cima era o dia da estreia, nem deram pela falta dos figurantes, ou será melhor dizer figurões!




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